quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Sobrancelhas e cílios

Foto sem qualquer maquiagem tirada em 15/08/2013
Da primeira vez que fiz quimioterapia, as sobrancelhas e cílios demoraram mais a cair que os cabelos da cabeça, mas também caíram. Dessa vez, resolvi usar esse produto da Dermage chamado "Eyelash Power" na tentativa de manter os fios por mais tempo, ou até mesmo para que eles não caiam completamente. Estou usando há 1 mês. Pena que não tirei a foto do início do tratamento, mas vai dar para acompanhar a evolução a partir daqui. Uma coisa eu já notei: parece que os fios estão mais flexíveis (hidratados?). Daqui 1 mês, fotografo novamente, para acompanhar os resultados .



O que o fabricante promete:

Com uma fórmula ainda mais potente que a de seu antecessor, a Dermage lança o novíssimo Eyelash Power, sérum fortalecedor que auxilia no crescimento dos cílios e sobrancelhas, realçando o olhar. A associação de peptídeos e pantenol ajuda na manutenção do processo de crescimento dos pelos de forma contínua, proporcionando cílios mais longos e volumosos. Sua fórmula, agora ainda mais potente, com fator de crescimento e GP4G (extrato com estudos equivalentes ao minoxidil) garante também maior ancoragem dos cílios, evitando a queda e deixando-os mais resistentes, estimula o crescimento e hidrata os fios, proporcionando maciez e aumento de volume. O produto ainda é livre de parabenos, é testado dermatologicamente e oftalmologicamente e não tem contraindicações nem requer prescrição médica para uso. 
Veja mais sobre o produto aqui.

Suco para imunidade

Há sempre quem dê uma receita que é boa para quem tem câncer. Essa eu recebi logo no início do meu primeiro tratamento. Fiz esse suco durante um bom tempo, depois enjoei. Agora que voltei a tratar, voltei a tomar diariamente. Para não enjoar, dessa vez, vou alternar com outras receitas que já estou descobrindo.




Bata no liquidificador:
- 1 folha de couve
- suco de 2 laranjas
- 1/2 banana
Acrescente gelo para ficar mais refrescante.






Tem também esse suco aqui que gosto muito e sempre tomo no Marietta. É de agrião com laranja e limão, adoçado com mel. Adaptei a receita pra fazer em casa e ficou bem parecido.

Bata no liquidificador:
- 1 "punhado" de folhas de agrião
- suco de 2 laranjas
- suco de 1/2 limão
- 1 colher de sopa de mel
Acrescente gelo para ficar mais refrescante.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Dia de raspar a cabeça

Os cabelos caíram muito rápido dessa vez, logo depois da primeira sessão de quimio. Em um final de semana, já estava com o cabelo super ralo e cheio de falhas. Como acho muito ruim sentir o cabelo caindo, me "pinincando, e ficar parecendo um "cachorro sarnento", resolvi passar a máquina de uma vez e ficar careca. A Enfermeira Ana Elisa, do Hospital Sarah, se ofereceu para resolver esse meu "problema" e gravamos tudo. Foi um momento de muita descontração e brincadeira. Assim, fica bem mais fácil! O vídeo não ficou lá essas coisas, porque eu mesma gravei com o celular, segurando com a mão esquerda, e a edição é pra lá de amadora (risos). O importante foi registrar esse momento e deixar guardado por aqui.


Rotina do tratamento

Estar de volta ao tratamento nem foi tão ruim assim. Um dos medicamento aplicados eu usei da outra vez, já o outro é novidade. Os ciclos serão então de apenas 2 drogas, mas divididos em 3 dias como da outra vez. Os efeitos também estão sendo diferentes. Quase não fico enjoada, tenho conseguido me alimentar no hospital e, quando volto para casa, fico uns 2 dias com apetite voraz. No 5º e 6º dia do ciclo, fico muito fraca, querendo só dormir. Passados esses dias, só o cansaço da anemia.

O que foi ruim mesmo é que a medula óssea (que produz as células do sangue) não está se recuperando no tempo que deveria. Estou ficando com pancitopenia todas as vezes. A cada nova quimio, os médicos optaram por reduzir a dose para tentar evitar esse efeito colateral, que pode ser bastante grave. Após a primeira sessão, minhas plaquetas chegaram a 5.000 e precisei fazer transfusão. Após a segunda, chegaram a 21.000, então, fiquei só de repouso em casa mesmo. Agora depois da terceira, a história se repetiu (com plaquetas, hemácias e leucócitos baixos) e fiquei de repouso novamente. Semana que vem pego o resultado da Tomografia de Tórax de reavaliação. Com tudo isso, tenho andado meio baixo astral. Espero que passe logo, porque não gosto de ficar assim. Eu não sou assim!

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Quimioterapia mais uma vez

A última publicação do blog foi exatamente há 1 ano, quando eu fiz um balanço por ter completado 1 ano da cirurgia de ressecção do câncer. De lá para cá, muitas coisas aconteceram e aos poucos vou contando por aqui. Tive muita vontade de voltar a escrever durante esse tempo, mas acho que faltava inspiração. Muitas idéias e pouco foco.
Mais uma vez, a motivação de escrever veio do tratamento com quimioterapia. Eu achava estar livre dela desde maio do ano passado. Nos exames de revisão que faço a cada 3 meses, apareceram nódulos nos 2 pulmões. A conduta inicial foi esperar 45 dias para ver o que acontecia. (Eu já tive outros nódulos antes que desapareceram, pois poderia ser apenas processo inflamatório decorrente da própria quimioterapia). Dessa vez, não só não desapareceram, como aumentaram. Tive, então, que fazer uma cirurgia no pulmão direito para retirar o nódulo e mandar para biópsia.
O laudo da biópsia confirmava que se tratava de metástase e que havia câncer ao redor do nódulo (êmbolos metastáticos) e espalhado também pela pleura (membrana que recobre o pulmão). De pronto, novo tratamento foi proposto pela equipe do Hospital Sarah, onde continuo depositando toda minha confiança. Voltar a fazer quimioterapia e repetir os exames após 3 ciclos. A depender da resposta, propor o transplante de medula e finalizar com radioterapia. Não é nada fácil ouvir essa notícia, ainda mais sabendo que as chances são de 20 a 30% de cura.
Enquanto esperava passar os tais 45 dias, estava confiante de que seria somente mais um processo inflamatório, mas que se não fosse, eu não iria tratar. Não voltaria a passar pelo sofrimento da quimio novamente. No entanto, quando o diagnóstico foi confirmado, alguma força lá de dentro me fez decidir que a única opção era voltar a tratar. Diante do médico e chorando, pensei "Melhor sofrer tentando, do que sofrer por não tentar".