"Nada te perturbe. Nada te amedonte. Tudo, tudo passa. Só Deus, só Deus não passa. A paciência tudo alcança. A quem tem Deus nada falta. Só Deus basta, só Deus basta."
Essas palavras são de uma música que era cantada quando eu era adolescente e frequentava os encontros de jovens com Cristo. Nunca esqueci essa música. Tentando redescobrí-la nesse momento da minha vida, encontrei nas buscas pela web que esse é um trecho da oração de Santa Tereza D'Ávila. Infelizmente, não achei nenhum link da forma cantada para compartilhar aqui.
Essas palavras expressam a verdadeira confiança no Senhor, de que toda angústia será aliviada se nós entregarmos nossa vida a Ele. Ele nos carrega em Seus braços nos momentos de dificuldade, apenas precisamos ter paciência de esperar a tempestade passar.
Outra música que me marcou também esses dias foi "Noites Traiçoieras", que recebi de um amigo por um link e me emocionei muito ouvindo-a novamente. Suas palavras são tão fortes quanto a oração de Santa Tereza e também trazem a mesma mensagem: a de que Deus nunca Te abandona, basta confiar. "E ainda se vier noites traiçoeiras, se a cruz pesada for, Cristo estará contigo. O mundo pode até fazer você chorar, mas Deus te quer sorrindo."
Na semana passada, tive mais alguns dias de grandes dificuldades, de muito mal estar e fraqueza. Foi a segunda sessão de quimioterepia, seguida de 3 dias de efeitos colaterais (exatamente como aconteceu na primeira sessão). Quando estamos no "olho do furacão", não conseguimos enxergar o fim da tempestade e nos desesperamos. Assim como todos os meus efeitos colaterais passaram e hoje me sinto muito bem, é preciso apenas ter a paciência de esperar passar, porque sempre passa!
PS- segue o link da música "Noites Traiçoeiras" na versão do Padre Marcelo Rossi - http://youtu.be/C-1WO2X6GbE
Criei esse blog com a intenção de compartilhar as muitas idéias que passam pela minha cabeça. A grande motivação foi compartilhar o início de uma nova fase da minha vida que, definitivamente, será de grandes reflexões e mudanças.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Vão-se os anéis, ficam os dedos
Os primeiros sintomas da quimioterapia começaram a aparecer. Na sexta-feira passada, tive febre e precisei passar a noite no hospital rastreando uma infecção. Graças a Deus, foi apenas o susto mesmo e voltei para casa no dia seguinte bem melhor. Ontem, caiu meu primeiro "tufo" de cabelo. Antes, os fios estavam caindo um pouco mais que o normal, mas aos fios. Ver cair tanto cabelo ao mesmo tempo deu medo. De todos os efeitos colaterais da quimioterapia, perder o cabelo foi o único que me deram a certeza de que iria acontecer. Portanto, já sabia o que me esperava.
Sempre cuidei do cabelo excessivamente. Adorava meus cachos. Estava sempre preocupada se não estava arrepiado ou armado demais. Queria mantê-los comprido sempre. No entanto, desde que soube da doença, precisei cortar mais curto porque não estava dando conta de cuidar dar madeixas, pela restrição de movimento do braço. Hoje, vou cortá-lo o mais curto possível, para que não tenha a sensação de tanta perda, ou que não caiam montes de fios a cada passada de mão pelos cabelos. Isso pode ser apenas uma impressão minha, afinal, a perda é inevitável, como já me alertaram.
Ficar careca não é coisa mais agradável para uma mulher, mas se esse é preço a pagar pela cura, fico mil vezes careca. Cabelo cresce novamente! Pensando pelo lado positivo, crescerá renovado, pode até crescer diferente. Depois de muitos anos, verei meu cabelo natural, sem qualquer tinta ou química. Já nem me lembro de como são os cabelos "virgens". O frio está chegando e muitos lenços, gorros, chapéus darão o toque fashion à minha "carequice". E, porque não, uma peruca também!
A vida é um ciclo. As coisas vão e vem num movimento incessante. O fascínio está em não ser estático, estagnado. Se prender às coisas materias, que são estáticas, impedem essa nossa renovação. É preciso se prender àquilo que está dentro de nós e em constante crescimento para o bem, como a espiritualidade, a sabedoria, a bondade, a humildade, a paciência. Cultivar essas virtudes nos dá forças para atravessar qualquer dificuldade e aceitar as perdas. Afinal, vão-se os anéis, ficam os dedos.
Sempre cuidei do cabelo excessivamente. Adorava meus cachos. Estava sempre preocupada se não estava arrepiado ou armado demais. Queria mantê-los comprido sempre. No entanto, desde que soube da doença, precisei cortar mais curto porque não estava dando conta de cuidar dar madeixas, pela restrição de movimento do braço. Hoje, vou cortá-lo o mais curto possível, para que não tenha a sensação de tanta perda, ou que não caiam montes de fios a cada passada de mão pelos cabelos. Isso pode ser apenas uma impressão minha, afinal, a perda é inevitável, como já me alertaram.
Ficar careca não é coisa mais agradável para uma mulher, mas se esse é preço a pagar pela cura, fico mil vezes careca. Cabelo cresce novamente! Pensando pelo lado positivo, crescerá renovado, pode até crescer diferente. Depois de muitos anos, verei meu cabelo natural, sem qualquer tinta ou química. Já nem me lembro de como são os cabelos "virgens". O frio está chegando e muitos lenços, gorros, chapéus darão o toque fashion à minha "carequice". E, porque não, uma peruca também!
A vida é um ciclo. As coisas vão e vem num movimento incessante. O fascínio está em não ser estático, estagnado. Se prender às coisas materias, que são estáticas, impedem essa nossa renovação. É preciso se prender àquilo que está dentro de nós e em constante crescimento para o bem, como a espiritualidade, a sabedoria, a bondade, a humildade, a paciência. Cultivar essas virtudes nos dá forças para atravessar qualquer dificuldade e aceitar as perdas. Afinal, vão-se os anéis, ficam os dedos.
domingo, 8 de maio de 2011
Hoje é dia de comemorar
Após 1 semana desconectada do mundo virtual, volto a esta "casa" agradecendo mais uma vez, todos os comentários aqui e no Facebook, todos os telefonemas, recados e vibrações. Ao longo da semana, espero conseguir responder individualmente a cada um de vocês que demonstraram seu carinho de alguma forma.
Confesso a vocês que a semana que passou foi bem mais difícil do que eu estava prevendo. Como eu estava tão confiante e segura em relação ao que estou passando, achei que fosse "tirar de letra" essa batalha. Por alguns momentos, fraquejei. Achei que não fosse aguentar. Foram 1 implantação de cateter, 2 dias de quimioterapia, e 1 biópsia de medula óssea, em 4 dias de internação, além de muita indisposição, enjôo e inapetência. Mas como eu disse antes, foram apenas "por alguns momentos"!
Hoje é dia de comemorar! Essa primeira batalha eu venci! Já estou de volta em casa, me sentindo bem novamente, fortalecida pelas orações e pelo tratamento espiritual, agradecida por toda as coisas boas da vida. E como hoje é dia das mães, tenho mais um motivo para comemorar e agradecer.
Agradeço a Deus pela mãe maravilhosa que eu tenho, que se mantém ao meu lado incondicionalmente, me apoiando, me dando amor, sendo exemplo de doação e de pessoa que veio a este mundo com a missão de cuidar. Mãe dos filhos, mãe do marido, mãe da mãe, mãe de todos aqueles que já procuraram seu colo. Mãe, eu te amo!
Confesso a vocês que a semana que passou foi bem mais difícil do que eu estava prevendo. Como eu estava tão confiante e segura em relação ao que estou passando, achei que fosse "tirar de letra" essa batalha. Por alguns momentos, fraquejei. Achei que não fosse aguentar. Foram 1 implantação de cateter, 2 dias de quimioterapia, e 1 biópsia de medula óssea, em 4 dias de internação, além de muita indisposição, enjôo e inapetência. Mas como eu disse antes, foram apenas "por alguns momentos"!
Hoje é dia de comemorar! Essa primeira batalha eu venci! Já estou de volta em casa, me sentindo bem novamente, fortalecida pelas orações e pelo tratamento espiritual, agradecida por toda as coisas boas da vida. E como hoje é dia das mães, tenho mais um motivo para comemorar e agradecer.
Agradeço a Deus pela mãe maravilhosa que eu tenho, que se mantém ao meu lado incondicionalmente, me apoiando, me dando amor, sendo exemplo de doação e de pessoa que veio a este mundo com a missão de cuidar. Mãe dos filhos, mãe do marido, mãe da mãe, mãe de todos aqueles que já procuraram seu colo. Mãe, eu te amo!
domingo, 1 de maio de 2011
Sempre temos escolha
Minha intenção ao compartilhar esse momento com todos os amigos através do blog teve um caráter de fato informativo, mas também a de receber toda essa energia positiva e orações que venho recebendo desde ontem. Estou muito feliz por todas as palavras de incentivo postadas aqui no blog, no Facebook e por telefone. Agradeço imensamente a todos! Vocês estão me ajudando de uma forma que talvez nem consigam imaginar, fortalecendo ainda mais minha atitude otimista e de esperança.
Em tudo na vida, sempre temos uma escolha. O lugar comum "eu não tive outra escolha" é citado por muitas pessoas quando querem uma desculpa por ter feito algo que não deviam ter feito. Eu não acredito nisso. Podemos escolher o caminho errado, ou fazer a coisa errada, ou ainda não fazer nada. No entanto, em todos os casos, é uma escolha. E toda escolha tem suas consequências.
Quando temos consciência de nossas escolhas e de suas consequências, tudo se torna mais fácil. Não há surpresas, decepções, revolta. Não estou aqui defendendo a idéia de que eu escolhi ficar doente. (Apesar de que, sendo espírita e entendendo a cada dia um pouquinho mais da doutrina, posso até dizer que, na minha preparação para essa vida, escolhi sim passar por essa prova.) Estou defendendo que escolhi me colocar de forma positiva diante da situação, não me fazer de vítima e expor como me sinto. A consequência da minha escolha é o carinho que recebo das pessoas queridas que me cercam.
Lembrei-me agora daquele filme "A Corrente do Bem", quando o professor pergunta para os alunos onde fica o reino das possibilidades em cada um de nós. A resposta é: está em nossa mente. Se mentalizarmos dessa forma, nada se torna impossível, ou melhor ainda, tudo é possível!
Eu fiz minha escolha... e sei que é possível! E sinto que faço parte da sua "corrente do bem"!
Obrigada mais uma vez pelo apoio de vocês.
Um grande abraço!
PS- para quem não lembra ou nunca viu o filme, segue o link para "A Corrente do Bem" (Pay it foward)
http://www.youtube.com/watch?v=P07ze1Xire8
Em tudo na vida, sempre temos uma escolha. O lugar comum "eu não tive outra escolha" é citado por muitas pessoas quando querem uma desculpa por ter feito algo que não deviam ter feito. Eu não acredito nisso. Podemos escolher o caminho errado, ou fazer a coisa errada, ou ainda não fazer nada. No entanto, em todos os casos, é uma escolha. E toda escolha tem suas consequências.
Quando temos consciência de nossas escolhas e de suas consequências, tudo se torna mais fácil. Não há surpresas, decepções, revolta. Não estou aqui defendendo a idéia de que eu escolhi ficar doente. (Apesar de que, sendo espírita e entendendo a cada dia um pouquinho mais da doutrina, posso até dizer que, na minha preparação para essa vida, escolhi sim passar por essa prova.) Estou defendendo que escolhi me colocar de forma positiva diante da situação, não me fazer de vítima e expor como me sinto. A consequência da minha escolha é o carinho que recebo das pessoas queridas que me cercam.
Lembrei-me agora daquele filme "A Corrente do Bem", quando o professor pergunta para os alunos onde fica o reino das possibilidades em cada um de nós. A resposta é: está em nossa mente. Se mentalizarmos dessa forma, nada se torna impossível, ou melhor ainda, tudo é possível!
Eu fiz minha escolha... e sei que é possível! E sinto que faço parte da sua "corrente do bem"!
Obrigada mais uma vez pelo apoio de vocês.
Um grande abraço!
PS- para quem não lembra ou nunca viu o filme, segue o link para "A Corrente do Bem" (Pay it foward)
http://www.youtube.com/watch?v=P07ze1Xire8
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