Hoje faz 1 ano da minha cirurgia. Confesso que nem tinha me dado conta da data. Como hoje foi a minha primeira aula de auto-escola em carro adaptado e postei um comentário no Facebook, acabei fazendo um flashblack que me levou até 22 de agosto de 2011. Eu estava tão confiante naquele dia, certa da minha cura, apesar da incerteza das sequelas. Hoje, 1 ano depois, posso dizer que estou adaptada. Apenas perdi o movimento do ombro direito, não posso carregar peso com esse braço e ganhei uma cicatriz de 30 centímetros. Aprendi a fazer muita coisa com a mão esquerda (coitadinha, está sofrendo agora com lesão por esforço, é mole) e ainda consigo me virar bem em muita coisa com a direita mesmo. Vou voltar a dirigir em breve, se Deus quiser.
Não foi 1 ano fácil e nem quero fazer parecer aqui tenha sido. Tive muitos altos e baixos, mas graças a Deus, sempre tive muita ajuda (do alto e daqui de baixo). Minha vida ainda não está como imaginei como estaria nessa data. A propósito, amanhã completa 3 meses do final do tratamento. Ainda me sinto fraca, sem disposição física para realizar muitas atividades, me canso fácil, sinto dores no corpo. Mas estou controlando a ansiedade de querer estar boa num passe de mágica. Meu corpo irá reagir a seu tempo e darei esse tempo a ele, sem mais pressão.
Nesse último mês, tenho a sensação de que as coisas não só não melhoraram como ainda deram uma piorada. Acredito que meu emocional tenha influenciado bastante. A doença do meu pai agravou-se bastante e ele foi internado no CTI, no dia 22 de julho. Agora, ele está melhorando, então, eu fico mais tranquila.
Um passo de cada vez. Sempre em frente. Respirando fundo. De cabeça erguida. Pensamentos suaves. Esse agora é o meu mantra!
Que Deus abençoe o Dr. Claudio Sollaci, o ortopedista que me operou no Hospital Sarah, e que Ele continue iluminando seus pensamentos e guiando suas mãos para salvar ainda muitas outras vidas. Que essas bençãos alcancem também toda a equipe da Oncologia.
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